Sim! Estima-se em centenas de milhões o número de carcaças de pneus velhos descartados anualmente. Só no Brasil, são mais de 30 milhões de pneus in-servíveis por ano. Como somente uma pequena parcela é reaproveitada, o resíduo sólido e seu destino, como combustível ou descartado na natureza, tornou-se uma questão ecológica de difícil resolução, pois pneus in-servíveis apresentam uma série de problemas, desde a degradação lenta e o formato de difícil armazenamento, até a necessidade de cuidados especiais de armazenagem e deposição. Segundo a Norma Brasileira 10.004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), os pneus são considerados resíduos classe III (resíduos inertes) em relação ao risco de sua degradação ao meio ambiente.
Devido à sua composição química, o pneu é um produto de fácil combustão, podendo causar incêndios de difícil controle em aterros e liberando nessas ocasiões no solo, no ar, e no lençol freático gases e óleos tóxicos e cancerígenos. Por essa razão, a queima de pneus a céu aberto é uma atividade proibida no Brasil e na maioria dos países do mundo.
Além dos riscos já expostos, as carcaças expostas a céu aberto têm o inconveniente sanitário de servirem como foco de proliferação de insetos e roedores, dificultando o controle de doenças como a dengue, a malária e a febre amarela, constituindo assim, também uma grave ameaça à saúde pública.
No Brasil, a importação de pneus usados, inclusive os reformados, é proibida conforme o Artigo 40 da Portaria SECEX nº 14, de 17 de novem-bro de 2004. Mesmo assim, aproximadamente 11 milhões de carcaças são trazidas para o país, com licenças conseguidas em artifícios judiciais. Além disso, os tratados do Mercosul permitem a importação de pneus recauchutados do Uruguai, absorvendo, desta forma, resíduos provenientes também da Europa.
Por todas estas razões, o descarte de pneus é hoje um problema ambiental grave ainda sem uma destinação realmente eficaz.
Nas últimas décadas, buscou-se integrar de for-ma ecológica esse resíduo. Entre os processos de reaproveitamento, a adição de granulados de borracha provenientes de pneus velhos às misturas asfálticas tem sido recebida com grande interesse. Diante disso, a PAVFACIL adiciona polímeros provenientes da borracha de pneus reciclados ao asfalto, diminuindo assim a suscetibilidade térmica, aumentando a estabilidade do pavimento em altas temperaturas e diminuindo o risco de fraturas e trincamentos em baixas temperaturas. Além disso, confere maior resistência às ações da chuva e proporcionam melhor adesão ao agregado asfáltico.